terça-feira, 20 de julho de 2010

Arte Contemporânea


A Arte Contemporânea é a arte que predomina nos dias de hoje. De um modo simples e objetivo ela tenta exercitar o pensamento das pessoas que a observam, convidando-as a pensar porque que aquela arte foi representada daquela maneira, com aquelas cores e com aqueles objetos.
Chegamos então ao principal destaque dessa arte: o modo como ela é mostrada. Agora, não pensamos mais a arte como pinturas, telas ou escultura, mais sim como teatros, música, dança, pintura e literatura. Ela é representada de mais formas, e assim, expande cada vez mais seus horizontes, trabalhando com cores, formas (objetos dos mais variados) e com o próprio corpo (tanto em esculturas como em teatros, apresentações de dança...).
A arte tem um papel muito importante na sociedade de hoje em dia. Muitas vezes, além de se tornar uma válvula de escape, ela tenta comover ou converter as pessoas que a observam, seja fazendo campanhas publicitárias ou transmitindo idéias de seu autor. Elas são criadas com um foco principal: modificar a arte, mudar a visão das pessoas sobre ela, e falar da natureza, tecnologia, a realidade urbana... As coisas do mundo em geral, passando de uma representação da realidade para a própria realidade.

sábado, 10 de julho de 2010

O Sonho de Janaína

Janaína, do alto de seus 14 anos, olhou-se no espelho: as faces em brasa expunham todo o pânico que assombrava sua alma adolescente. Não poderia, não conseguiria, é: não iria.
Felipe havia acabado de ligar convidando-a para um cineminha; logo ele, o garoto por quem é apaixonada desde a 5ª série, resolve, três anos depois, para seu completo desespero, notá-la. A situação era a seguinte: por um lado ela tinha que ir, era a chance que tinha de conquistá-lo. Por outro, nervosa do jeito que estava, ela podia estragar tudo. Era uma situação que ela não podia resolver sozinha, precisava convocar sua consultoria amorosa, sua BFF, Larissa.
A ligação não durou mais que 5 segundos:
- Lari, vem pra cá agora. Seguinte, o Lipe me chamou para um cineminha, e eu to tão nervosa que posso acabar fazendo besteira, tipo desmaiar, vomitar, ir com uma roupa uó, sei lá. Vem rá-pi-do!
Larissa, morrendo de ansiedade, chegou em 3 minutos. Jana estava sentada na beira da cama, do lado de um vestido tomara-que-caia azul, uma tiara de strass e de uma sapatilha fofa. Ela estava vermelha como nunca, os seus lindos olhos azuis tinham o triplo do tamanho, correspondendo a sua insegurança.
Larissa checou o look que a amiga havia separado, fez caras e bocas, abriu um sorriso iluminado e disse:
- Amiiiiiiiiiiga, esse é o encontro da história!! Aposto que hoje o sol nasceu pra brilhar só pra você gatz! – Sua empolgação e excitação desapareceram no exato momento em que ela virou para Jana. Avaliou sua expressão com desprezo e continuou: Mas que cara azeda é essa criatura? Chega de se lamuriar! Antes, era porque ele não te notava, agora que ele nota, você continua na mesma?! COMO ASSIM? Vamos amore, eu tenho certeza que vai dar tudo certo, sente a vibração de hoje, lute, ganhe! E, no seu lugar, eu fechava a boca, porque é como minha avó dizia baby: boca fechada não entra mosca.
- Não sei não amiga... Essa é minha chance cara, e se eu, sei lá, desmaiar quando ver a cara dele? Pior, se eu vomitar... Aí ferrou tudo né!
- Não, vai dar tudo certo, é só você ser natural, ser você mesma e se acalmar amor, por favor.
- Como você pode ter tanta certeza Lari?
- Ah, é o que dizem todas as revistas que eu compro. E eu sempre sigo esses conselhos... Você viu aonde eu cheguei com eles?!
- Ta, sei, chegou no Thiago, o gato que era seu sonho de consumo e que agora se tornou seu namorado. Mas quem garante que vai ser assim no meu encontro com o Lipe? E não sei... Afe, sei lá amiga, to perdida!
- Então se encontra fofa! Olha, segue os meus conselhos e...
- EU NÃO VOU, PRONTO ACABOU.
- Jana, você gosta desse menino desde a 5ª série, e eu não vou deixar uma insegurança boba e insignificante acabar com o encontro hiper-mega esperado da minha best. Estamos resolvidas?
Janaína levantou-se da cama, se sentindo renovada, e com um sorriso que certamente refletia o alivio e a segurança que ela sentia agora.
- Aaaaaaaaawn, valeu amiga, você é a melhor!
- É eu sei amor, eu sei. Agora eu vou, e você se prepara pra esse encontro! Ah, não se esquece de dar aquela telefonadinha esperta depois do encontro, ou só manda uma mensagem que eu entro no MSN.
Jana, depois de acompanhar a amiga até a porta, foi correndo tomar um banho e começou a se produzir para o encontro. Colocou a roupa que tinha separado, fez um make in-cri-vel, calçou a sapatilha delicada que tinha ganhado da Lari em seu último aniversário. O frio na barriga não dava trégua, e agora não a deixava sentar. Andando de um lado pro outro, Jana ouve o som mais alarmante que ela já havia ouvido na vida: a campainha. Janaína, do alto de seus 14 anos, caminhou até a porta, as faces em brasa expunham todo o pânico que assombrava sua alma adolescente. Parou em frente à porta, respirou fundo três vezes, lembrou de todas as vezes que havia sido ignorada por Lipe, relembrou e sentiu as palavras da amiga Lari correrem por suas veias. Abriu a porta. Olhou para o rosto perfeito, os olhos castanho-escuros mais profundos e meigos que ela tinha visto. Percebeu uma coisa: suas faces não eram as únicas em brasa. As bochechas de Lipe tinham o rosado perfeito, entregando toda a timidez e todo o nervosismo do garoto. Era tudo o que sempre sonhara. Sorriu, respirou fundo novamente, e deu o primeiro passo em direção ao sonho.

Bárbara Duwe Lima

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Trabalho de Artes Plásticas - Expressionismo

Características:
- Surgiu na Alemanha no início do século XX;
- É conhecida como a arte do instinto: expressiva, dramática e subjetiva. Nela, as cores (que eram na maioria das vezes vibrantes e fortes) e formas são alteradas de forma que ressalte os sentimentos do artista;
- Técnica de pintura: o pincel vai e vem, formando acúmulos de tinta, “empastando ou provocando explosões”;
- Preferência por temas fortes, marcantes. Por cenas que provoquem sentimentos tanto no artista como em quem aprecia a arte;
- Alguns historiadores denominam esse movimento como “Pós-Impressionista”.

Artistas e Obras:
- Paul Gauguin: “Jovens Taitianas com Flores de Manga”;
- Edvard Munch: “O Grito”.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Trabalho de Artes Plásticas - Abstracionismo

Características:
- Surgiu na Alemanha no início do século XX;
- Nenhum compromisso com a realidade visível;
- Usa relações de cores, formas e linhas para compor a obra de forma não representativa, ou seja, que não reproduza figuras nem retrate temas, nada que represente a realidade concreta;
- Existem dois tipos de abstracionismo:
* Informal: o artista esquece a perspectiva tradicional e cria, seguindo seus instintos, intuições e seu inconsciente, a forma que pretende representar com novas linhas e cores, exprimindo suas emoções. Nessas obras, em geral, são vistas manchas e grafismos.
* Geométrico: Nessas obras é obrigatório o uso de formas geométricas, e não há expressão de idéias e sentimentos.

Artistas e Obras:
- Piet Mondrian: “Árvore Vermelha”;
- Kazimir Malevich: “Oito Triângulos Vermelhos”.

Crítica:
Segundo o crítico Sergio Milliet, se o abstracionismo tinha um ponto fraco a ser superado seria justamente a recusa em se comunicar com o público leigo. O Brasil era um país "jovem", que saltava rapidamente na direção do desenvolvimento capitalista e que sonhou incorporar criativamente a vanguarda cultural modernista, adaptada às peculiaridades nacionais. A arte moderna devia educar o público para o novo país, o "futuro" (de preferência socialista) que nos era reservado. Por isso, aqui, mais do que em qualquer outra parte, ela devia "comunicar".

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Trabalho de Artes Plásticas - Cubismo

Características:

- Movimento artístico que aconteceu entre 1907 e 1914;
- Retratava as formas da natureza através de figuras geométricas;
- Não se comprometia com a aparência real das formas;
- Originou-se a partir das obras de Cézanne, pois para ele as formas da natureza deveriam ser pintadas através de cones, cilindros e esferas;
- Representava os objetos com todas as suas partes num mesmo plano;
- Os pintores cubistas procuram representar objetos em 3 dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Também pretendem delimitar a estrutura das formas, possibilitando a percepção de todos os ângulos, planos e volumes;
- O claro-escuro perde sua função, as cores mais usadas são as austeras: do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.
- Representação do volume colorido sobre superfícies planas;
- Sensação de pintura escultórica, em 3 dimensões;
- Esse movimento artístico se dividiu em 2 fases: Cubismo Analítico e Cubismo Sintético.

Artistas e Obras:

- Pablo Picasso: “Jaqueline de Mãos Cruzadas”
- Georges Braque: “Natureza Morta”

Crítica:
CUBISMO: O VERDADEIRO INÍCIO DA ARTE CONTEMPORÂNEA
“[...] Em face de tão raro fenômeno, cabe perguntar por que teve o cubismo papel tão decisivo e fecundador a arte do século 20. A resposta está obviamente na natureza desse movimento, nos fatores que o engendraram, na nova atitude em face a arte, adotada pelos seus dois protagonistas, o espanhol Pablo Picasso e o francês Georges Braque. De nenhum movimento artístico é possível dizer em que data exata nasceu, uma vez que se trata de um processo, de uma síntese de fatores convergentes que vão aos poucos ganhando corpo e se definindo. Com o cubismo não foi diferente. Críticos e historiadores, na sua maioria, admitem que dois fatores mais importantes que determinaram o nascimento do cubismo foram, de um lado, a influência de Cézanne sobre Braque e, de outro, a descoberta da escultura negra por Picasso. Naturalmente, a ação desses fatores foi estimulada esgotamento da linguagem impressionista. Assim, o sentido de construção formal, comum à pintura de Cézanne e à escultura negra, forneceu aos jovens Braque e Picasso as armas necessárias para agirem à linguagem invertebrada do impressionismo agonizante. Deve admitir, com Guillaume Apollinaire, que o fauvismo de André Derain e Henri Matisse já havia aberto o caminho para uma arte mais construída e menos sujeita à imitação do mundo exterior. O pontilhismo de Seurat, por sua objetividade construtiva, também de algum modo preparou o terreno para a mudança futura. Mas nem um nem outro tocava no cerne da questão que deflagrou a reviravolta estética promovida pelo cubismo. [...]”
Autoras: Simone R. Martins e Margaret H. Imbroisi

www.wikipedia.org.br
www.historiadaarte.com.br

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Trabalho de Artes Plásticas - Fauvismo

Características:
- Surgiu em 1901, na França, mas só foi reconhecido e denominado em 1905, quando começou a se desenvolver;
- Trabalha com a simplificação das formas, com o primado das cores (uso das cores puras, sem mistura nenhuma), pinceladas violentas e definitivas, colorido “alternativo”, sem concordância com o objeto representado (não correspondente a realidade), autonomização completa do real, e pinceladas largas, como manchas, que delimitavam a imagem;
- Temas leves, explorando a expressividade das cores e destacando emoções e a alegria de viver, sem nenhuma intenção crítica;
- Ideais: * Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos.
* Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias.
* A cor pura deve ser exaltada.
* As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens.

Artistas e obras:
- Henry Matisse: “O Jardim de Luxemburgo”
- André Derain: “O Porto de Londres”

Crítica:
Ao meu ver, o fauvismo é uma arte muito pura e definitiva. Tratam-se de pensamentos, cores e imagens puras, e pinceladas e traços definitivos. Uma arte que se for pensada na teoria deveria ser simples de ser pintada, já que em seus ideais os fauvistas diziam que as linhas deviam nascer impulsivamente, e que para criar só é necessário seguir os impulsos do instinto.

“O fauvismo é uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes.”
Henry Matisse

terça-feira, 27 de abril de 2010

Trabalho de Artes Plásticas - Surrealismo

Características:
- Surgiu em Paris, nos anos 1920;
- Foi um movimento artístico e literário;
- Seus quadros procuravam expressar o inconsciente, fugindo do que era racional. Era uma combinação do abstrato e do psicológico, que servia para libertar a arte das exigências da lógica e da razão, deixando-a representar o irracional e o inconsciente de modo pessoal e impulsivo, sem cobrança alguma;
- É muito relacionado com o Futurismo e com o Dadaísmo;
- Pretendia alcançar outra realidade, o subconsciente;
- Teve fim em meados de 1960.

Artistas e obras:
- Pintores: Salvador Dalí – Guernica; e Joan Miró – O Carnaval do Arlequim.
- Escritores: Paul Éluard – Capital da Dor; e André Breton – O Amor Louco.

Crítica:
Acho muito interessante a idéia desse movimento: numa época diferente, aonde tudo e todos eram muito repreendidos e submetidos a regras e cobranças, é criado um movimento artístico e literário que permite aos artistas que se expressem e que tenham liberdade para mostrar as pessoas o que pensam, sonham, ou somente o que surge na imaginação deles em certo momento. Ele surgiu em contraposição ao realismo, com a perspectiva de permitir a manifestação da criatividade, do sonho humano e da subjetividade dos artistas, escritores, poetas, pintores...

sábado, 24 de abril de 2010

Histórias inocentes infantis? Hahaha, conta outra!

Alice no País das Maravilhas, Chapeuzinho Vermelho, a Bela Adormecida, Cinderela, Branca de Neve, Os três Porquinhos, João e Maria, A Princesa e o Sapo, A Pequena Sereia e diversas histórias do folclore brasileiro. A princípio, histórias e lendas infantis, inocentes, contadas para as crianças antes delas dormirem. Mal sabe a maioria das pessoas que antigamente essas histórias eram contadas de boca em boca, nas mesas de bar, de adultos para adultos, e envolviam fortemente violência, canibalismo, insinuações sexuais e uso de drogas. Pra ver como as histórias mudam, depende de quem conta, publica... as coisas mudam, de geração em geração.
Por exemplo: mal podia você imaginar que antigamente a história recriada em filme por Walt Disney que fala de uma inocente menina que cai na toca do coelho e encontra um mundo paralelo era diretamente relacionada ao uso de drogas. Ou que a ingênua Chapeuzinho, ao chegar na casa da avó (já morta pelo lobo), se alimentaria, sem saber, da carne e do sangue dela, e logo depois, insinuaria a cena de sexo na qual se deitaria na cama, nua, ao lado do lobo disfarçado.
Tem também a Bela Adormecida, que em sua primeira versão desmaiava ao enfiar uma farpa no dedo, e, inconsciente mesmo, engravidava de um rei abusado e tinha gêmeos. Só acordaria quando, nove meses depois, um dos filhos tiraria a farpa de seu dedo ao tentar mamar. Nessa mesma versão, a princesa sofria ainda com a sede de vingança da rainha traída, que no final da história cozinhava ela e os filhos num caldeirão. Já na primeira versão da Branca de Neve, a verdadeira maluca que tinha inveja da beleza da princesa era sua própria mãe, que tentava, do mesmo jeito que a madrasta da Disney, dar um fim na bela. Essa parte permanece do mesmo jeito: a mãe pede para o caçador que dê um fim na própria filha, e que traga como prova do crime o fígado e o pulmão da princesa. O caçador não mata a jovem, e para enganar a rainha, leva o fígado e o pulmão de um javali. A malvada, satisfeita, se alimenta de ambos os orgãos, lambendo os beiços. Além disso, haviam rumores de que Branca mantinha relações sexuais com todos os anões, e o final feliz dessa conturbada história consistia na condenação da rainha, que morre torturada na frente de todos, no casamento de Branca com seu príncipe.
Uma coisa me chamou atenção na primeira versão da Branca de Neve, e ela logo se repetiu no original de João e Maria: no lugar das madrastas malvadas, quem tentava matar a filha, ou quem mandava os filhos embora de casa por falta de comida eram as mães biológicas. Qual seria a explicação pra essa modificação? Não traumatizar as crianças? Se pensarmos bem, não adiantou, pois cada vez mais as "madrastas" ou segundas mães estão presentes na vida das crianças. Só dificultaram pra elas, coitadas!
Outra história curiosa, brasileira mesmo, mas que eu nem tinha a mínima ideia de que se envolvera com drogas é a famosa e prestigiada história do Sítio do Pica Pau Amarelo. Lembra aquele pó de pirlimpimpim, que a Emília joga sobre a cabeça das pessoas e elas podem viajar pra qualquer lugar que quiserem, que imaginarem? Pois então... nas primeiras versões, esse inocente pozinho era cheirado pelas crianças... o clima ficou tão tenso que Monteiro Lobato teve que mudar o jeito de usar o pó, para não sugerir o uso de cocaína.
Agora, depois de ler tudo isso, só pra finalizar: imagine-se contando uma história dessas para uma criança, antes dela dormir. Aha! Agora complicou o negócio né!? De infantis, nossas histórias da carochinha de hoje em dia não tinham é nada!